Brincar é coisa séria: como a ludicidade potencializa o desenvolvimento de crianças com autismo

autismo

Brincar é o jeito natural que as crianças têm de aprender. Antes mesmo de falar, elas já interagem com o mundo por meio de gestos, sons e exploração de objetos. Em crianças com autismo ou atrasos no desenvolvimento, esse brincar pode se apresentar de forma diferente: menos compartilhado, mais repetitivo ou com dificuldades de engajamento.

E é justamente aí que a intervenção precoce entra com potência.

Na clínica para autismo Little TEA, localizada em frente ao Metrô Paraíso, zona sul de São Paulo, utilizamos o brincar como ferramenta terapêutica, cuidadosamente planejada para promover:

  • Habilidades sociais (como olhar nos olhos, esperar a vez, imitar, compartilhar)

  • Linguagem e comunicação (verbal e não verbal)

  • Flexibilidade cognitiva

  • Interação com o outro

  • Autonomia no brincar e nas atividades da vida diária


O que significa brincar de forma terapêutica?

Brincar, no contexto da intervenção, não é simplesmente oferecer brinquedos ou deixar a criança se distrair. É criar cenários de aprendizado envolventes, nos quais o adulto é parceiro da criança, e cada momento tem um propósito: ensinar algo novo, reforçar uma habilidade ou estimular a troca.

Essa é uma das grandes forças do Modelo Denver (ESDM), indicado especialmente para crianças pequenas, geralmente de até 5 anos. Ele une ciência, vínculo e ludicidade em sessões terapêuticas intensivas e afetuosas.

Modelo Denver: quando o brincar vira intervenção

O Modelo Denver de Intervenção Precoce é uma abordagem baseada em evidências que estimula o desenvolvimento de crianças autistas em seus primeiros anos de vida. Ele foi criado para integrar:

  • Desenvolvimento infantil típico

  • Princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA)

  • Interações lúdicas e afetivas


Na prática, a criança participa de brincadeiras cuidadosamente estruturadas, com objetivos definidos (como ampliar a atenção conjunta, desenvolver a fala, melhorar a flexibilidade). Mas ela vive essas metas como momentos prazerosos, de jogo e conexão. Afinal, é no afeto e no vínculo que o aprendizado se torna natural.

Na Little TEA, oferecemos a Terapia Modelo Denver em um ambiente adaptado e acolhedor, com salas pensadas para favorecer o engajamento. Nossa equipe é formada por especialistas em autismo e no desenvolvimento infantil, com formação específica no ESDM.

ABA e o brincar: estrutura que ensina

Já na Terapia ABA, o brincar também está presente — com um olhar mais estruturado e analítico. Dentro dos princípios da ABA (Análise do Comportamento Aplicada), a brincadeira é usada como reforçador natural e como contexto de ensino.

Por exemplo:

  • A criança aprende a pedir um brinquedo (comunicação funcional)

  • Aprende a brincar com outra criança (habilidade social)

  • Aprende a esperar a sua vez (tolerância à frustração)

  • Aprende a manipular o brinquedo de forma mais variada e criativa (flexibilidade e cognição)


Tudo isso é feito por meio de ensino estruturado, com reforço positivo e análise funcional do comportamento. A diferença é que o terapeuta está sempre atento ao interesse da criança, ajustando os estímulos para que a brincadeira continue sendo significativa — e não uma obrigação.

Por que o brincar é ainda mais importante na intervenção precoce?

Durante os primeiros anos de vida, o cérebro da criança está em rápida formação. Esse é o período em que as conexões neurais são mais plásticas, ou seja, mais receptivas a estímulos do ambiente.

Brincar nessa fase, especialmente com um adulto engajado e responsivo, ativa áreas do cérebro responsáveis por:

  • Atenção conjunta

  • Processamento sensorial

  • Linguagem receptiva e expressiva

  • Memória de trabalho

  • Regulação emocional


Ou seja: brincar é um exercício cerebral completo. E quando essa brincadeira é mediada por profissionais treinados em Terapia ABA ou Modelo Denver, ela se transforma em um processo terapêutico profundo e eficaz.

Como é uma sessão lúdica na prática?

Na Little TEA, cada sessão é desenhada com base no plano individual da criança. A equipe avalia quais são as metas atuais e quais brinquedos, jogos e atividades podem ser utilizados para alcançá-las.

Alguns exemplos de atividades comuns:

  • Brincadeiras de faz de conta (com bonecos, casinha, comidinha)

  • Jogos motores (corrida, pula-pula, bolhas de sabão)

  • Brincadeiras de turnos (como jogos de encaixe, dominó, jogos de tabuleiro simples)

  • Atividades sensoriais (massinha, areia, água, texturas)

  • Histórias encenadas com objetos ou fantoches


Essas sessões são conduzidas por terapeutas especializados, que sabem o momento certo de modelar uma habilidade, reforçar uma tentativa ou aumentar a complexidade da interação.

A importância do ambiente físico no brincar terapêutico

Um espaço adaptado faz toda a diferença no engajamento da criança com as atividades. Por isso, a Little TEA, nossa clínica para autismo, foi projetada pensando nos mínimos detalhes:

  • Salas equipadas com brinquedos terapêuticos de alta qualidade

  • Espaços amplos para jogos motores e sensoriais

  • Ambientes organizados para facilitar o foco e reduzir distrações

  • Estímulos visuais e sonoros planejados para crianças com hipersensibilidade


Além disso, a clínica conta com estacionamento coberto e está estrategicamente localizada em frente ao Metrô Paraíso, na zona sul de São Paulo, o que facilita a rotina das famílias.

A família também entra na brincadeira

Na Little TEA, acreditamos que o brincar não deve se restringir ao espaço terapêutico. Ele pode (e deve!) estar presente no dia a dia da criança com a família.

Por isso, oferecemos programas de orientação parental, nos quais os cuidadores aprendem a:

  • Brincar de forma estruturada e responsiva

  • Estimular habilidades de comunicação em casa

  • Usar atividades do cotidiano como momentos de aprendizado

  • Reconhecer e reforçar comportamentos positivos durante a brincadeira


Quando a família se torna parte do processo, os ganhos terapêuticos se ampliam. Afinal, ninguém conhece melhor a criança do que seus cuidadores — e quando eles se tornam parceiros da equipe, tudo flui com mais leveza e afeto.

Mas e se a criança “não sabe brincar”?

Esse é um medo comum entre pais de crianças com autismo. Muitas vezes, o brincar não aparece de forma espontânea, o que pode gerar angústia e comparação com outras crianças.

A boa notícia é: brincar também se aprende.

Com as estratégias corretas, o suporte de profissionais qualificados e a construção de vínculos, mesmo crianças que inicialmente não se interessam por brinquedos ou pela presença do outro podem desenvolver formas próprias de brincar e interagir.

E esse é um dos pilares do trabalho feito na Little TEA: acolher cada criança onde ela está — e caminhar com ela até onde ela pode chegar.

Especialistas em autismo: brincando com ciência, técnica e amor

Todas as intervenções realizadas na Little TEA são conduzidas por uma equipe formada por especialistas em autismo, com formação sólida em Terapia ABA, Modelo Denver e desenvolvimento infantil.

Cada plano terapêutico é pensado com base em ciência e sensibilidade, respeitando o tempo de cada criança e valorizando suas conquistas, por menores que pareçam.

Seja por meio da Terapia ABA, do Modelo Denver ou de sessões integradas com orientação familiar, o brincar é sempre nosso ponto de partida — e também nosso destino.

Porque brincar é coisa séria. E é brincando que se cresce.

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